sábado, 2 de abril de 2016

Certificado

     Favor leiam e sigam atentamente  as instruções do site para poder ter acesso ao seu certificado.
     Fecha-se  aqui o ciclo iniciado nesse curso de formação continuada.
     Logo, abaixo,  o endereço do site para  acesso ao  certificado.

     http://www.siex.proex.ufu.br/certificado/pesquisar

 
     Nosso muito obrigado!


    Washington Luiz de Carvalho e Ronaldo Rodrigues
    Professores e Orientadores do Pacto para o Fortalecimento do Ensino Médio
    E.E. Professor Antônio Marques - Araguari-MG

domingo, 14 de junho de 2015

Agradecimento



 Esse material reflete e representa toda dedicação ao nosso labor e de acreditarmos sempre que a educação é forma transformadora e positiva de uma sociedade. 

     Agradecemos à direção da Escola Estadual Professor Antônio Marques o incondicional apoio e respaldo a todas atividades realizadas dentro do Pacto na Escola, para que desenvolvêssemos de forma e maneira mais produtiva a missão que nos fora incubida em  divulgarmos e acompanharmos esse curso de formação continuada.

     Cremos ter atendido aos objetivos propostos e deixamos aqui nossos agradecimentos pelo apoio e presteza, a todos os integrantes desse sistema, em peculiar à nossa Coordenadora do IES, às nossas Formadoras, que acompanharam de perto nosso trabalho e não obstante e principalmente aos nossos cursistas, bolsistas e ouvintes que entenderam o propósito do Pacto e abraçaram digna e eficazmente o projeto.

     Temos absoluta certeza de que estamos melhores edificados e melhorados quanto ao entendimento do que seja o Ensino Médio. Novos olhares se despontaram e se maravilharam com o que outrora parecia inerte e sem probabilidade de reais mudanças

     Indistintamente,  a todos que estiveram e trabalharam conosco, o nosso muito obrigado!



                                             Washington Luiz de Carvalho e Ronaldo Rodrigues
                                      Orientadores do Pacto Nacional para Fortalecimento do  Ensino
                                              Médio, E.E. Prof. Antônio Marques – Araguari-MG                              

sábado, 13 de junho de 2015

Entrevistas e alguns textos sobre educação do orientador Ronaldo Rodrigues

O Feedback dos primeiros trabalhos com interdisciplinaridade propostos nos cadernos de estudo nos encontros do Pacto.
Os informes e práticas foram realizados pelos seguintes professores e demais sujeitos da Escola:
Dayane Kelly - matemática; Emerson Borges - língua estrangeira; Francielle - filosofia; Nayara - sociologia; Maria Helena - literatura/redação; Wallasse - língua portuguesa ; Irazilda - coordenadora pedagógica e pela aluna integrante do Colegiado da Escola: Maria Sônia.
Interatividade com a prática oferecida  nos Encontros do Pacto, propiciaram esses importantes e salutares depoimentos.







Diretora Nara Cafrune da EE Prof.Antônio Marques falando sobre PPP e Pacto  
   




Charlatães


     “Curiosíssimo o artigo de 20/03 de Gilberto Dimenstein, intitulado “As faculdades formam charlatães?” O assunto baseia-se na ausência de ética profissional médica, mas daí generaliza-se, dando vazão ao questionamento de culpa às faculdades. Afirmo que esse conceito “anti” (antiética, antidisciplina, antiprofissionalismo, anti-honestidade) é adquirido fora das faculdades sendo todos correlatos com a Lei de Gerson.Quem sabe se para um mal médico não houvesse o Conselho de Medicina para julgá-lo? O verdadeiro charlatão não se faz num banco de escola, mas nas esquinas da vida.”
                                                               Ronaldo Rodrigues


                  



Ensino em crise

     “Pessoas nada ligadas à educação são as que mais tentam elucidar, gerir, sugerir, questionar e até administrar o ensino neste país. Enfatizam que educação é algo de extrema complexidade, cujo entendimento está muito longe de uma solução ao menos razoável. Ora, escola não é empresa. Pessoas não são máquinas. Educação não é processo falido. Culpa-se sempre o governo, mas será somente o governo culpado? Afinal, quem está todos os dias com o aluno dentro de uma sala de aula? È o governo ou o educador?  É imprescindível que nossa consciência de educadores transponha com urgência os muros da escola a fim de que possamos descobrir o real e significativo papel político-pedagógico do professor.”
                                                  Ronaldo Rodrigues







A escola certa

     “A escola de que o Brasil precisa tem de estar na Constituição. Ser apolítica. Ter sua verba designada e repassada nos trâmites estabelecidos pela Constituição.
     A escola de que o Brasil precisa, precisa valorizar o seu educador, muito mais do que financeiramente. É preciso adequar a educação brasileira a cada local deste país, valorizando os educadores de cada região e não nomeando colegas universitários para escolha de livros didáticos, elaboração de planos pedagógicos e sistematização de ensinos complexos, ora no estilo americano, chileno ou asiático.”
                                            Ronaldo Rodrigues



Folha da Tarde 1994/06/14


Questão de autonomia
                              Ronaldo Rodrigues  

     A proletarização do professorado estabeleceu a perda do controle do trabalho, inutilizando o educador por meio da burocracia e conduzindo-o à uma luta ardorosa contra sua desqualificação e sua perda salarial.
     Essa luta é a busca do reencontro com a identidade perdida e com a reorganização da classe profissional que, ultimamente, procura por melhores dias, melhores qualificações e condições de trabalho.
     Infelizmente a divisão das atividades do educador conduzem-no à normas de hierarquização que resultam em uma menor valorização.
     A escola pública vai, assim, contra a espontaneidade e o caráter vivo e criador de cada indivíduo.
     A camada social que busca a escola pública sonha com a possibilidade do saber que só se define com a competência técnica e os instrumentos materiais adequados para a transformação da ignorância em sabedoria.
     Aprendizagem é um processo lento, cujos resultados não surgem tão imediatos como numa linha de montagem industrial.
     Ensinar é algo extremamente delicado. O educador norteia o indivíduo dentro das suas realidades na direção de sua identificação.
     Receamos pelo fato de que escola não é empresa.
     E por mais competente que seja o gerenciamento, por mais que busque consolidar a teoria na prática, o que acontecerá?
    É nessa visão abrangente que nos solidarizamos com os educadores que lutam pela reconquista da autonomia individual e da classe profissional.

Projetos: Conceitos e Práticas com a Interdisciplinaridade


PROJETO REFERENTE AO PACTO COM O ENSINO MÉDIO
DISCIPLINAS FILOSOFIA E SOCIOLOGIA


TEMA
A mídia e a indústria cultural


TÍTULO DO PROJETO
A influência e a manipulação da mídia e da indústria cultural na sociedade


JUSTIFICATIVA

A população é facilmente influenciada pela mídia, principalmente, quando está relacionada a novelas. Nestas, heróis nacionais são criados – ficcionais ou não. Acaba uma novela e inicia outra e os modelos de comportamentos, beleza, moda e outros vão se alterando. Mudam os personagens, a trama e os assuntos abordados e a sociedade vai respondendo a este estímulo produzido. Os padrões difundidos são copiados e seguidos, porém, as pessoas não conseguem adaptá-los a uma vida real, o que gera ansiedade, angústia e frustração.
       Assistir televisão, navegar na internet, falar ao celular são coisas do cotidiano da maioria da população mundial. Somos, todos os dias, bombardeados por diversas mídias que, em comum, têm o objetivo de nos vender alguma coisa: uma ideia, um produto, um sonho, etc. E essa tecnologia influencia o tempo todo a sociedade e, em consequência, a educação, tanto informal quanto formal.  Podemos afirmar que a vida e a interação humana são mediadas e controladas pelos meios de comunicação. E é neste ambiente de interação com o mundo e significação que, desde pequena, a criança é colocada à frente da televisão e esta então se apresenta como “parte integrante da família” por ser uma boa “babá eletrônica”. Como negar a influência da TV, presente na quase totalidade dos domicílios brasileiros, sobre as formações das identidades sociais?
É preciso avaliar e diferenciar quando a mídia está informando e quando está manipulando as pessoas. É preciso identificar o quanto estamos sujeitos a ela e a todas as suas variáveis. A mídia influencia as pessoas no modo de agir, de pensar e até no modo de se vestir. Ela cria as demandas, orienta os costumes e hábitos da sociedade, além de definir estilos, bordões e discussões sociais. A mídia dita as regras, as tendências, os padrões de beleza, os ídolos a serem adorados e seguidos, impondo padrões de beleza cada vez mais inatingíveis. E impulsiona homens e mulheres em busca daquele corpinho que só o photoshop sabe produzir.
      A produção da indústria cultural é direcionada para o retorno de lucros tendo como base padrões de imagens culturais preestabelecidas e capazes de conquistar o interesse das massas sem trabalhar o caráter crítico do espectador. Os adolescentes são bombardeados com produções e marcas internacionais e as crianças estão à mercê dos desenhos infantis. Alguns dos programas de TV apresentam constantemente valores questionáveis. Essas mensagens irão determinar como nossos filhos serão? Irão determinar sua honestidade, solidariedade, respeito e outros valores?
       Segundo Marilena Chauí: “A produção ideológica da ilusão social tem como finalidade fazer com que todas as classes sociais aceitem as condições em que vivem, julgando-as naturais, normais, corretas, justas, sem pretender transformá-las ou conhecê-las realmente, sem levar em conta que há uma contradição profunda entre as condições reais em que vivemos e as ideias”.
     Contudo, além de não podermos subestimar o poder da influência da mídia na vida das pessoas, também não podemos ignorar a importância desta, caso seja utilizada de forma mais ética e consciente. Quero dizer que o poder que os veículos de comunicação têm para mobilizar as pessoas é muito grande e pode ser usado para o bem ou para o mal. Campanhas de doação de sangue, de vacinação, de incentivo à reciclagem, para economizar água, pela paz, para ajudar pessoas, e muitas outras, quando divulgadas e incentivadas pela mídia ganham proporções enormes e trazem resultados muito além do esperado.
     Os meios de comunicação em massa devem contribuir para a valorização da diversidade cultural, a promoção dos direitos humanos, no combate a todo tipo de violência, no acesso à informação, entre outros. Esta deveria ser sua função primordial.


OBJETIVOS E FINALIDADES DO PROJETO
Fazer com que os alunos compreendam o quanto a mídia influencia a sociedade e desenvolver o raciocínio crítico dos mesmos, fazendo com que eles saibam diferenciar quando se trata de informação e quando se trata de manipulação por ela veiculada.


METODOLOGIA

Exposição analítica do tema com debates sobre a importância de se diferenciar o que é uma manipulação e o que é uma informação, veiculada pela mídia; demonstrando o quanto na indústria cultural tudo acaba sendo transformado em mercadoria.
Leitura analítica do poema “Eu etiqueta” de Carlos Drummond de Andrade, instigando debates e o raciocínio crítico.


PROFESSORAS RESPONSÁVEIS
Francielle Barbosa Alves (Filosofia) e Nayara Cristine Oliveira (Sociologia).


AVALIAÇÃO
Seminário realizado pelos alunos, onde eles demonstram suas conclusões críticas sobre o tema analisado.


DESENVOLVIMENTO

Na primeira aula os alunos foram questionados sobre o que é trabalho.
A partir das concepções dos alunos a respeito da definição de trabalho, deve ser desconstruída a visão que se tem de trabalho em que, geralmente, este é naturalizado a partir dos moldes que assume na formação social capitalista.
A desnaturalização da visão capitalista de trabalho se operacionaliza a partir da distinção entre duas modalidades conceituais de trabalho:

1º) a definição de trabalho em geral, a partir da vertente marxista, em que o trabalho é ação que relaciona ‘homem’ e natureza, isto é, processo em que o ‘homem’ segundo seus desejos (física, simbólico, espiritual) necessidades age, intervém e transforma a natureza imprimindo-lhe forma útil para si. O trabalho humano se difere e é superior ao trabalho de qualquer outro animal, pois somente o trabalho humano envolve primeiro uma atividade subjetivada, pensada, planejada, capacidade de projetar os objetivos e desejos dessa atuação sobre a natureza.
Nesse sentido, o ‘homem’ domina a natureza transformando-a segundo desejos e necessidades e, também o trabalho é uma atividade de realização humana, um processo de objetivação de sua subjetividade.

2º) o trabalho dentro da formação social capitalista, primeiro ponto a ser considerado é a base de tal organização social: propriedade privada dos meios de produção, conseqüentemente, estratificação social em classes sociais, o assalariamento e a exploração da força de trabalho.  A partir da vivência dentro de tal organização temos a tendência a naturalizar o trabalho assalariado, a venda da força de trabalho passa a configurar um esforço e mérito humano para atingir um status social.
Um ponto importante a ser debatido sobre trabalho dentro da formação capitalista é a alienação. Se o trabalho dentro do capitalismo é vendido (mercantilizado) e, portanto, imposto por alguns homens (proprietários) a outros (proletariado), produz um processo de separação do trabalhador do seu processo de trabalho, de sua atividade fundamental e do produto de sua atividade. Ou seja, no processo de produção capitalista o trabalhador, seu trabalho e sua produção não lhe pertencem.
Nesse processo, cabe ainda discutir algumas transformações sobre o trabalho, este deixa de ser um meio para satisfação de desejos e necessidades do ‘homem’, pois não é o trabalhador, produtor direto quem decide o que, quanto e como produzir, conclui-se a partir daí que a produção não diz respeito às necessidades do ‘homem’, mas sim as necessidades do capital.
O capital é quem dita o que, como, quando e quanto produzir e o ‘homem’ se transforma em um ‘objeto’ da mídia que o conduz cada vez mais ao consumo.

2ª e 3ª aula

Tomando como referência a aula anterior, se passa para discussão da indústria cultural, fetichismo da mercadoria e consumismo como produtos da sociedade capitalista.

Primeiramente, os alunos devem compreender que pela natureza do capitalismo tudo passa a ser “mercadorizado”, tudo é produzido com objetivo de lucro, inclusive bens simbólicos e culturais.  A produção em grande escala voltada para lucro exige um consumo também em grande escala, para tanto, os meios de comunicação de massa tem papel fundamental, pois é através deles que a indústria cultural difunde sua ideologia e cria nos indivíduos a necessidade de consumo.

Para exposição do tema foi utilizado o poema          Eu etiqueta (Carlos Drummond de Andrade)
O poema permite a caracterização desse processo em que o indivíduo se transforma em um objeto de dominação ideológica da mídia. Por exemplo, na seguinte passagem:
“São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, premência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.”
O aluno deve compreender o consumismo como resultado do modo de produção capitalista, em que o trabalho deixa de ser uma atividade de realização e de satisfação de necessidades (físicas, simbólicas, etc.) para satisfação de outras, justamente criadas pelo capital.
Para exemplificar podem ser citados os seguintes versos
“Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,”
“Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que a moda
seja negar minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos do mercado.”

“Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante, mas objeto”
Para exposição do tema, importante ainda, considerar o processo de fetichismo da mercadoria. Nesse processo em que o ‘homem’ torna-se um objeto do capital, suas necessidades não são produzidas por si, o capital através dos meios de comunicação de massa se utiliza justamente do fetichismo da mercadoria para criar e impor a necessidade do consumo.
Esse fetichismo pode ser debatido a partir das características fantasmagóricas das mercadorias, basicamente é como se o seu consumo fosse capaz de conferir ao indivíduo determinadas características, poder, status, etc.
Para ilustrar foi escolhida a seguinte charge:














DESENVOLVIMENTO / AVALIAÇÃO / CONCLUSÃO

Para desenvolvimento do tema foi proposto, a realização de aulas expositivas, utilizando analise do poema Eu etiqueta (Carlos Drummond de Andrade) e de uma charge para esclarecimento de determinados conceitos, no intuito de desenvolver nos alunos uma reflexão sobre o tema abordado, reflexão apresentada, posteriormente, pelos estudantes na forma de seminário.
As principais categorias utilizadas para desenvolvimento das aulas foram: trabalho em geral e trabalho particularizado na formação social capitalista, a relação indústria cultural, os meios de comunicação de massa e o fetiche da mercadoria. O encadeamento entre tais categorias pretendeu, no primeiro momento, o entendimento de uma formação social e sua relação com a produção de determinadas relações de produção e ideologias que envolvem a indústria cultural.
E, partindo dessas relações de produção e ideologias produzidas pela sociedade capitalista, foi promovido o debate e houve a incitação à reflexão sobre a indústria cultural como expressão de tais relações, em que tudo passa a ser “mercadorizado”, inclusive o indivíduo. Trabalhando, ainda, sua relação com os meios de comunicação de massa, este como principal veículo para divulgação das ideologias do capital.
A construção dessa relação entre relações de produção capitalistas, suas ideologias e os meios de comunicação de massa permite ao estudante desnaturalizar suas visões acerca do consumismo e questionar o papel da mídia, esta geralmente ‘bombardeia’ uma série de informações, mas em que medida esta informação é um dado ou fato e, de que maneira está nos conduzindo a uma reprodução ideológica (nós ‘aderimos’ e reproduzimos a ideologia dominante/do capital) e à criação/necessidade de consumo.
O trabalho visou analisar elementos conceituais presentes nos estudos dos filósofos da indústria cultural e no pensamento de Karl Marx, debater criticamente a mistificação das massas através constante mercantilização de tudo, bem como os reflexos de conteúdo político e normativo da mídia que visam à construção do ideal de comportamento a ser seguido e imposto, como elemento essencial de dominação.
A avaliação do seminário realizado pelos alunos foi bem produtiva, visto que eles demonstraram grande capacidade crítica em torno das imposições da mídia; analisaram e refletiram sobre a questão relativa à informação e à manipulação por parte dos meios de comunicação de massa, demonstrando grande capacidade em distinguir quando a mesma informa e ou manipula; além de terem entendido a essência da indústria cultural.
Uma das alunas ainda se utilizou da música Terceira do Plural (Engenheiros do Hawaii), fazendo uma análise crítica da mesma incitando reflexão e debates, o que foi de grande valia na apresentação e no projeto em si.

Segue a letra de tal música:
Corrida pra vender cigarro
Cigarro pra vender remédio
Remédio pra curar a tosse
Tossir, cuspir, jogar pra fora

Corrida pra vender os carros
Pneu, cerveja e gasolina
Cabeça pra usar boné
E professar a fé de quem patrocina

Eles querem te vender...
Eles querem te comprar...
Querem te matar (a sede)
Eles querem te sedar!

Quem são eles?
Quem eles pensam que são?
Quem são eles?
Quem eles pensam que são?
Quem são eles?
Quem são eles?

Corrida contra o relógio
Silicone contra a gravidade
Dedo no gatilho, velocidade
Quem mente antes, diz a verdade
Satisfação garantida
Obsolescência programada
Eles ganham a corrida
Antes mesmo da largada

Eles querem te vender...
Eles querem te comprar...
Querem te matar (de rir)
Querem te fazer chorar

Quem são eles?
Quem eles pensam que são?
Quem são eles?
Quem eles pensam que são?
Quem são eles?
Quem são eles?

Vender...comprar...
Vendar os olhos... jogar a rede...contra a parede
Querem nos deixar com sede,
Não querem nos deixar pensar!

Quem são eles?
Quem eles pensam que são?
Quem são eles?
Quem eles pensam que são?
Quem são eles?

Quem são eles?...





“A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa.”

George Orwell






    Projeto: CONVIVENDO COM AS DIFERENÇAS.

Autoria:Silvânia



Introdução:
Hoje todas as escolas têm, mediante a lei, que estarem preparadas para receberem alunos com deficiências (as mais variadas) e trabalhar de forma mais hábil possível, promovendo a socialização de todos e o respeito pelas diferenças.



Justificativa:
O projeto Convivendo com as diferenças vem atender a necessidade de socialização e respeito pelo que lhe é diferente.



Objetivos:
·         Promover a socialização entre crianças com deficiência e as “ditas normais”;
·         Aproximar o aluno da realidade de um deficiente;
·         Desenvolver o respeito e a solidariedade pelo outro (deficiente ou não);
·         Comparar as diferenças entre todos nós;
·         Desenvolver a reflexão sobre as dificuldades encontradas pelos deficientes na nossa sociedade;
·         Refletir sobre o que podemos fazer para mudar a questão do preconceito.



Material didático:
  • Faixas de TNT (tanto para tipóia quanto para amarrar as pernas);
  • Óculos escuros
  • Saquinhos com areia.



Metodologia:
Os alunos, em grupo, realizam pesquisas sobre diferentes tipos de deficiência, cada grupo com um tema: mudo, cego, a falta do membro superior, a dificuldade de locomoção, a própria velhice, após a realização das pesquisas cada grupo expõe a seu modo os resultados obtidos e debatem sobre o assunto.
Cada dia da semana os alunos vivenciam uma das deficiências.
Ex:
  • Dia do Mudo: é proibido falar e os alunos têm que se comunicarem de outras formas, inclusive durante a aquisição do lanche;
  • Dia do Deficiente que não possui o membro superior: os alunos usaram uma tipóia improvisada com TNT e não poderão usar o braço esquerdo e nem a mão correspondente, poderá até ser colocada a tipóia dentro da blusa.
  • Dia do Deficiente que possui problemas de locomoção: os alunos deverão estar usando meias. Amarra-se a faixa de TNT nas pernas das mesmas deixando pouca distancia entre as pernas, para eles poderem se locomover com dificuldade;
  • Dia do Cego: os alunos deverão usar óculos escuros
  • Dia do Idoso: amarrar nas pernas saquinhos de areia para que o andar se torne pesado.
Obs: As atividades acima iniciam na entrada para a sala e só termina 20 minutos antes do encerramento da mesma, incluindo o momento do recreio.
Nos últimos momentos de cada aula, cada aluno deve relatar o que achou mais difícil naquele dia e o que ele poderá fazer de agora em diante para auxiliar pessoas que possuem as mesmas dificuldades, ou até outras.


Avaliação:

O reconhecimento das dificuldades encontradas pelos deficientes e a mudança de postura diante seus colegas: com respeito, socialização e companheirismo.